segunda-feira, 30 de março de 2009


Hoje estou me sentindo como o Rei Leão.

Por quê?

Porque tudo que o sol toca me pertence!

terça-feira, 24 de março de 2009

Os que amam.


Tem gente que ama e vive brigando, mas depois que briga acaba voltando.

Tem gente que canta porque está amando e quem não tem amor leva a vida esperando.

Uns amam pra frente e nunca se esquecem, mas são tão pouquinhos que nem aparecem,

tem uns que são fracos e dão pra beber, outros fazem rock e adoram sofrer.

Tem apaixonado que faz serenata, tem amor de raça, amor vira-lata, amor com champagne amor com cachaça, amor nos iates ou nos bancos de praças, tem homem que briga pela amada, tem mulher maluca que atura porrada, tem quem ama tanto e até enlouquece, tem quem dê valor por quem não merece.

Amores a vista, amores a prazo, amor ciumento que só cria caso, tem gente que jura que não volta mais, mas jura sabendo que não é capaz, tem gente que escreve até poesia e rima saudade com hipocrisia, tem assunto pra caramba pra falar, mais não interessa o que importa é amar!!!

Para os erros, há perdão

Para os fracassos, chance

Para os amores impossíveis, tempo

Mas de nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma,

Um romance cujo o fim é instantâneo ou indolor não é romance,

não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar !

segunda-feira, 23 de março de 2009

: /


Todo mundo tem malditos "fantasmas" que insistem em grudar na gente, puxam o pé à noite, arrastam correntes, derrubam coisas pela casa ou nesses tempos pós ghosthbusters, entram no nosso orkut, dão uma de stalkers, fazem fofoca e comentam cada pedaço da sua vida com uma avidez que deixaria muitos locutores de futebol invejosos ("e lá vai ela, levantou da mesa! atendeu o telefone, falou com o namorado, combinou de viajar com ele, vai desligar, mandou beijo, falou que ama e é gol! goooooooooool!!")
Demora, mas depois de um tempo você lembra que é atéia, e não espírita ou umbandista e os fantasmas somem ou se revelam crianças de (idade mental de) 6 anos, com um lençol, pulando e enchendo o seu saco o que sobra é decidir se dá uma surra ou entrega pros pais (se bem que, se cresceram assim, provavelmente os pais não foram lá muito competentes, né?)

Ah esses orkut's!!!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Matéria - prima

Foto: Tiago, meu preto. Local: Ópera de arame.



Eu sou feita de saudade


Nela eu vivo como nos livros


Dentro sem precisar ler


Feito uma flor seca


Entre as páginas


Não lembro quando a colhi


Ou achei


Ou ganhei


Não lembro . . .


Não lembro por que a guardei ali


Não tenho muito cuidado com a flor


Ás vezes, ela se quebra dentro, me perco de mim


De lá eu sinto a mesma saudade.

Romantismo


Hoje não to bem.

Hoje o coração ta doendo, a alma ta pesando, ta ruim respirar.

Hoje o dia ta nublado, o choro ta preso.

Hoje não teve graça.

Hoje eu me perdi depois de ter jurado me achar.

Hoje talvez eu tenha descoberto que agora eu tenho alguém que vou guardar pra toda a vida. Hoje o mundo caiu.


No começo eu não era romântica.

E eu sempre achei bobagem as meninas que sonham com flores, poemas e bombons.

Mas um dia - com uma ajudinha - eu percebi que romantismo é muito mais que isso.

No começo, romantismo é andar de mãos dadas, é criar piadinhas particulares, é poder ser você mesmo e dizer mil vezes coisinhas melosas, sem se preocupar se ele vai te achar grudenta. Depois, percebi que romântico é o outro ainda dizer que te ama mesmo depois de te ver descabelada, na tpm, logo que acorda.

Mas mais que isso, romântico é quando ele sabe todas suas fraquezas, todos os seus medos, dos ataques de ciúme, de insegurança, e ainda assim te abraça, te acalma e diz que vai ficar tudo bem. Eu ainda acho bobagem sonhar com flores e bombons. Mas acho romântico ter um amor que é melhor amigo, assim como eu tenho você Tiago!

Senhor!


AJUDA-ME SENHOR!

Tira de mim o peso desta imensa dor

Carrega prá longe essa mágoa

Da vida comigo não ter sido

Um imenso jardim florido.

E ensina-me a aceitar

Esse campo de batalha

Por onde eu estou sempre a lutar !


AJUDA-ME SENHOR

A compreender tantas dificuldades,

A enfrentá-las com dignidade.

Ajuda-me a ter coragem,

Muita resignação e

A sobreviver a tanta aflição.


AJUDA-ME SENHOR

A atravessar meus caminhos

Que estão cobertos de espinhos,

Sempre com muito carinho,

Sem temor

Seja qual for

O tamanho da minha dor.


AJUDA-ME SENHOR

A erguer o meu olhar em sua direção

Sempre que o meu coração

Quiser meus olhos roubar

E obrigá-los para baixo olhar


AJUDA-ME SENHOR

A manter meu corpo saudável,

Minha mente equilibrada,

Minha alma aconchegada,

Minha vida organizada.


AJUDA-ME SENHOR

A caminhar ao lado da razão

Sem nunca esquecer da emoção,

A aceitar toda e qualquer desilusão,

A perdoar quem me trai,

A amar quem me quer bem,

A conviver, até mesmo, com o que não me convém.


AJUDA-ME SENHOR

A esquecer o que passou,

A seguir em frente,

A encontrar quem me oriente

A pisar em terra firme,

A viver o presente


AJUDA-ME SENHOR

A buscar dentro de mim mesma

A solução para as minhas dificuldades.

E, clareia a minha realidade

Com sua luz divina

Que a todos ilumina.


AJUDA-ME SENHOR

À sua maneira ...

E me perdoe se pedi demais.

Porém, não vou voltar atrás

Porque só a Você posso implorar,

Sabendo que nada irá me cobrar.


AJUDA-ME SENHOR

E perdoa-me se pedi à minha maneira

Sem ser numa igreja,

Ajoelhada,

Compenetrada,

Orando o Pai Nosso e fazendo o sinal da cruz ...


Mas me ensinaram que em qualquer lugar

Eu encontraria Jesus!


Carlos Drummond de Andrade - Caso do vestido

Nossa mãe, o que é aquele vestido, naquele prego?
Minhas filhas, é o vestido de uma dona que passou.
Passou quando, nossa mãe?
Era nossa conhecida?
Minhas filhas, boca presa. Vosso pai vém chegando.

Nossa mãe, dizei depressa que vestido é esse vestido.
Minhas filhas, mas o corpo ficou frio e não o veste.
O vestido, nesse prego, está morto, sossegado.
Nossa mãe, esse vestido tanta renda, esse segredo!
Minhas filhas, escutai palavras de minha boca.
Era uma dona de longe, vosso pai enamorou-se.
E ficou tão transtornado, se perdeu tanto de nós,
se afastou de toda vida, se fechou, se devorou,
chorou no prato de carne, bebeu, brigou, me bateu,
me deixou com vosso berço, foi para a dona de longe, mas a dona não ligou.

Em vão o pai implorou.
Dava apólice, fazenda, dava carro, dava ouro,
beberia seu sobejo, lamberia seu sapato.
Mas a dona nem ligou.
Então vosso pai, irado, me pediu que lhe pedisse, a essa dona tão perversa,
que tivesse paciência e fosse dormir com ele...

Nossa mãe, por que chorais?
Nosso lenço vos cedemos.
Minhas filhas, vosso pai chega ao pátio. Disfarcemos.
Nossa mãe, não escutamos pisar de pé no degrau.

Minhas filhas, procurei aquela mulher do demo.
E lhe roguei que aplacasse de meu marido a vontade.
Eu não amo teu marido, me falou ela se rindo.
Mas posso ficar com ele se a senhora fizer gosto,
só pra lhe satisfazer, não por mim, não quero homem.
Olhei para vosso pai, os olhos dele pediam.
Olhei para a dona ruim, os olhos dela gozavam.
O seu vestido de renda, de colo mui devassado,
mais mostrava que escondia as partes da pecadora.
Eu fiz meu pelo-sinal, me curvei... disse que sim.

Sai pensando na morte, mas a morte não chegava.
Andei pelas cinco ruas, passei ponte, passei rio,
visitei vossos parentes, não comia, não falava,
tive uma febre terçã, mas a morte não chegava.
Fiquei fora de perigo, fiquei de cabeça branca, perdi meus dentes,
meus olhos, costurei, lavei, fiz doce, minhas mãos se escalavraram,
meus anéis se dispersaram, minha corrente de ouro pagou conta de farmácia.

Vosso pais sumiu no mundo.
O mundo é grande e pequeno.
Um dia a dona soberba me aparece já sem nada, pobre,
desfeita, mofina, com sua trouxa na mão.
Dona, me disse baixinho, não te dou vosso marido, que não sei onde ele anda.
Mas te dou este vestido, última peça de luxo que guardei como lembrança
daquele dia de cobra, da maior humilhação.
Eu não tinha amor por ele, ao depois amor pegou.
Mas então ele enjoado confessou que só gostava de mim como eu era dantes.
Me joguei a suas plantas, fiz toda sorte de dengo, no chão rocei minha cara,
me puxei pelos cabelos, me lancei na correnteza, me cortei de canivete, me atirei no sumidouro, bebi fel e gasolina, rezei duzentas novenas, dona, de nada valeu: vosso marido sumiu.

Aqui trago minha roupa que recorda meu malfeito de ofender
dona casada pisando no seu orgulho.
Recebei esse vestido e me dai vosso perdão.
Olhei para a cara dela, quede os olhos cintilantes?
quede graça de sorriso, quede colo de camélia?
quede aquela cinturinha delgada como jeitosa?
quede pezinhos calçados com sandálias de cetim?
Olhei muito para ela, boca não disse palavra.
Peguei o vestido, pus nesse prego da parede.
Ela se foi de mansinho e já na ponta da estrada vosso pai aparecia.
Olhou pra mim em silêncio, mal reparou no vestido e disse apenas:
— Mulher, põe mais um prato na mesa.
Eu fiz, ele se assentou, comeu, limpou o suor, era sempre o mesmo homem,
comia meio de lado e nem estava mais velho.

O barulho da comida na boca, me acalentava, me dava uma grande paz,
um sentimento esquisito de que tudo foi um sonho, vestido não há... nem nada.
Minhas filhas, eis que ouço vosso pai subindo a escada.


P.s: Um dos que eu mais gosto!

quarta-feira, 18 de março de 2009

"O que me perturba não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons"

Qual sua maior preocupação?

Se você tá linda? Com o cabelo bonito? Ou com a unha arrumada? Se você é uma estrela do Orkut? Se usa tênis de marca? Roupa de marca? Onde vai ser a próxima balada? Se o teu carro é o mais tunado ? Brigou com o namorado? Tomou um fora? F O D A - S E !

Ahhh, mas você odeia política!

Até fica triste e tal, sente pena, mas acha um saco se informar sobre a guerra, a fome, a miséria e a morte dos outros pelo mundo, né?

Mas falar "sou da paz", e fazer "V" com o dedinho nas fotos da Rave você gosta?

Afinal, você tem uma super vibe, e a vida é uma grande festa né?!?

ACORDAAAA!! O MUNDO TÁ INDO PRO BURACO E VOCÊ ACHA TUDO LINDO?
FAÇA SUA PARTE, por menor que ela seja!



Metade


Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que entristeça.
Que o homem que eu amo seja pra sempre amado, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor, apenas respeitadas. Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se trasforme na calma e na paz que mereço.
Que essa tensão que me corroe por dentro seja um dia reconpensada.
Porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito.
Que o seu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba.
Que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florecer.
Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção.
E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade ... também.

Medo de se apaixonar...


Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada. (Fabrício Carpinejar)

“Tudo nos falta quando estamos em falta com nós mesmos”

Passado


Às vezes o passado bate em nossa porta. Às vezes somos nós que o perseguimos.

Estamos constantemente passando por ruas que nos levam a ele, nesses momentos quando nos encontramos frente a frente com o passado o susto nos leva a decepção. Aquilo que buscamos não existe mais. Ele está enrugado, franzino e com uma expressão de estar sendo incomodado. É verdade! Estamos mesmo incomodando ao tentar manter o passado caminhando a nosso lado. Passado é passado. E deveria ser só isso. Não deveria ser alvo constante de nossos pensamentos, nem muito menos de nossos sonhos sejam eles diurnos ou noturnos.

Leilão de jardim - Cecília Meireles


Quem me compra um jardim com flores?
Borboletas de muitas cores,
lavadeiras e passarinhos,ovos verdes e azuis nos ninhos?
Quem me compra este caracol?
Quem me compra um raio de sol?
Um lagarto entre o muro e a hera,uma estátua da Primavera?
Quem me compra este formigueiro?
E este sapo, que é jardineiro?
E a cigarra e a sua canção?
E o grilinho dentro do chão?
(Este é o meu leilão.)

Eu.


"Nasci para viver com a intensidade na bolsa,

me acompanhando aonde quer que eu vá.

Tenho um coração de criança, que anda de pé no chão,

se suja comendo sorvete e adora escorregador.

Tenho uma alma de moça que não abre mão de carregar para cima e para baixo

os livros de contos de fadas com histórias bonitas e finais em que o

felizes-para-sempre-são-realmente-para-sempre.

Bobagem minha querer mudar agora. "


(Clarissa Corrêa)

Todo azul do mar.


Foi assim como ver o mar
A primeira vez que meus olhos
Se viram no seu olhar
Não tive a intenção
De me apaixonar
Mera distração
E já era o momento de se gostar
Quando eu dei por mim
Nem tentei fugir
Do visgo que me prendeu
Dentro do seu olhar
Quando eu mergulhei
No azul do mar
Sabia que era amor
E vinha pra ficar
Daria prá pintar todo azul do céu
Dava prá encher o universo da vida
Que eu quis prá mim
Tudo que eu fiz
Foi me confessar
Escravo do teu amor,
Livre para amar
Quando eu mergulhei
Fundo nesse olhar
Fui dono do mar azul
De todo azul do mar
Foi assim como ver o mar
Foi a primeira vez que eu vi o mar
Onda azul, todo azul do mar
Daria pra beber todo azul do mar
Foi quando eu mergulhei no azul do mar
Todo azul do Mar
Guilherme Arantes
P.s:Nunca tinha prestado atenção na letra, mais é bonita
né?!!!

dESIGN

Meninas, acordem!!!!

e admirem o poder dos anéis, e que senhor de anel não é nao??!
É um DIOR simplizinho!!!!
Aceito doações! :D

Oração de hoje! :/


Querido Senhor: Neste dia de hoje, até o momento, eu estou fazendo tudo certinho.


Eu não fofoquei, não perdi meu temperamento, não fui avarenta, nem mal humorada, sórdida, indolente ou egoísta. Eu não lamentei, amaldiçoei ou comi qualquer chocolate.


Porém, eu vou me levantar da cama em alguns minutos e eu precisarei muito de sua ajuda depois disso.


Obrigada Senhor!

Antes e Depois

ANTES - Minha Gatinha, meu Ursinho, minha coelhinha (bichinhos pequenos e fofinhos). DEPOIS - Os bichos crescem: Sua Vaca, Seu Cachorro, Sua Galinha, Seu Veado.

ANTES - Voce me tira o folego...
DEPOIS - Voce está me sufocando...

ANTES - Duas vezes (ou mais) por noite...
DEPOIS - Duas (ou uma) vezes por mes...

ANTES - Ela diz que adora o jeito como eu controlo a situação..
DEPOIS - Ela diz que eu sou um maniaco egocentrico e manipulador...

ANTES - Os embalos de Sabado à noite...
DEPOIS - O futebol de Domingo à noite...

ANTES - Não pára!
DEPOIS - Nem vem!

ANTES - Voce vai comer só isso?
DEPOIS - Talvez fosse melhor comer só a salada...

ANTES - É como se eu estivesse sonhando...
DEPOIS - Estou tendo um pesadelo...

ANTES - Cueca de seda.
DEPOIS - Samba-canção (aquela do pacote com 3).

ANTES - Adoro suas curvas.
DEPOIS - Eu nunca disse que voce está gorda?

ANTES - Ele está completamente perdido por mim...
DEPOIS - Por que ele não pede informações?

ANTES - Croissant e capuccino.
DEPOIS - Café com margarina.

ANTES - Voce fica tão sexy de preto...
DEPOIS - Suas roupas são tão deprimentes...

ANTES - Camarão.
DEPOIS - Sardinha em lata.

ANTES - Biquini "Asa delta"...
DEPOIS - Maiô tipo americano...

ANTES - Garrafa de vinho.
DEPOIS - TANG sabor de uva.

ANTES - Camisa dentro da calça...
DEPOIS - Barriga fora da calça...

ANTES - Não acredito que tenhamos nos encontrado...
DEPOIS - Não acredito que acabei ficando com voce...

ANTES - Vem para cama que eu estou te esperando...
DEPOIS - Levanta seu molenga, que tá na hora...

ANTES - Paixão.
DEPOIS - Que horas são?

ANTES - Familia Manchini.
DEPOIS - Disque Pizza.

ANTES - Vem cá benzinho que eu esquento seu pezinho...
DEPOIS - Sai com esse pe frio pra lá ...

ANTES - Perfume francês.
DEPOIS - Avanço.

ANTES - Benzinho pra cá, benzinho pra lá ...
DEPOIS - Meus bens pra cá, seus bens pra lá ...

ANTES - Era uma vez...
DEPOIS - Fim.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Acaba


Sim, o amor acaba, como sentenciou a mais bela das crônicas de Paulo Mendes Campos:
"Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar...".
Acaba, mas só as mulheres têm a coragem de pingar o ponto da caneta-tinteiro do amor. E pronto. Às vezes com três exclamações, como nas manchetes sangrentas de antigamente, SANGUE, SANGUE, SANGUE!!!Sem reticências... Mesmo, em algumas ocasiões, contra a vontade. Sábias, sabem que não faz sentido a prorrogação, os pênaltis, deixar o destino decidir na morte súbita.O homem até cria motivos a mais para que a mulher diga basta, chega, é o fim!!! O macho pode até sair para comprar cigarro na esquina e nunca mais voltar. E sair por aí dando baforadas aflitas no king-size do abandono, no cigarro sem filtro da covardia e do desamor. Mulher se acaba, mas diz na lata, sem metáforas.
Melhor mesmo, para os dois lados, é que haja o maior barraco. Um quebra-quebra miserável, celular contra a parede, controle remoto no teto, óculos na maré, acusações mútuas, o diabo-a-quatro. O amor, se é amor, não se acaba de forma civilizada. Nem aqui nem na Suécia. Se ama de verdade, nem o mais frio dos esquimós consegue escrever o "the end" sem pelo menos uma discussão calorosa. Fim de amor sem baixarias é o atestado, com reconhecimento de firma e carimbo do cartório, de que o amor ali não mais estava. O mais frio, o mais "cool" dos ingleses estrebucha e fura o disco dos Smiths, I Am Human, sim, demasiadamente humano esse barraco sem fim.
O que não pode é sair por aí assobiando, camisa aberta, relax, chutando as tampinhas da indiferença para dentro dos bueiros das calçadas e do tempo. O fim do amor exige uma viuvez, um luto, não pode simplesmente pular o muro do reino da Carençolândia para exilar-se, com mala e cuia, com a primeira criatura ou com o primeiro mancebo que aparece pela frente.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Metal contra as nuvens - Legião


"Tenho os sentidos já dormentes

O corpo quer, a alma entende

Esta é a terra-de-ninguém

Sei que devo resitir

Eu quero a espada em minhas mãos


Eu sou metal - raio, relâmpago e trovão

Eu sou metal: eu sou o ouro em seu brasão

Eu sou metal: me sabe o sopro do dragão


Não me entrego sem lutar

Tenho ainda coração

Não aprendi a me render

Que caia o inimigo então

Tudo passa

Tudo passará


E nossa história

Não estará

Pelo avesso assim

Sem final feliz

Teremos coisas bonitas pra contar

E até lá

Vamos viver

Temos muito ainda por fazer

Não olhe pra trás

Apenas começamos

O mundo começa agora, ahh!"

Apenas começamos.
Não tem banda que eu ame tanto!



” Eles não sabem, nem sonham./Que o sonho comanda a vida./Que sempre que um homem sonha /o mundo pula e avança/como bola colorida/entre as mãos de uma criança"

Antonio Gedeão.

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Um dia uma criança chegou diante de um pensador e perguntou-lhe:

”Que tamanho tem o universo?”

Acariciando a cabeça da criança, ele olhou para o infinito e respondeu:

”O universo tem o tamanho do seu mundo.”

Perturbada, ela novamente indagou:

”Que tamanho tem meu mundo?”

O pensador respondeu:

”Tem o tamanho dos seus sonhos.”

Se seus sonhos são pequenos, sua visão será pequena, suas metas serão limitadas, seus alvos serão diminutos, sua estrada será estreita, sua capacidade de suportar as tormentas será frágil.

Dói ou não dói?! Depende. Depende muito...

Agora já nem sei se concordo com meu caro Drummond(como no post de fevereiro)
ôôÔ homem indeciso também, afinal dói ou não dói?
R.: Depende minha cara menina, depende da situação, depende do momento, da estabilidade, da sua relação pessoal, da sua família e de tantas outras escolhas e situações da vida... (
To até vendo ele me falando isso, haha eu viajo mesmo....)

Viver não dói
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
Mas das coisas que foram sonhadas
E não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer,
Apenas agradecer por termos conhecido
Uma pessoa tão bacana,
Que gerou em nós um sentimento intenso
E que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos
O que foi desfrutado e passamos a sofrer
Pelas nossas projeções irrealizadas,
Por todas as cidades que gostaríamos
De ter conhecido ao lado do nosso amor
E não conhecemos,
Por todos os filhos que
Gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
Por todos os shows e livros e silêncios
Que gostaríamos de ter compartilhado,
E não compartilhamos.

Por todos os beijos cancelados,pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãeé impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos estar
confidenciando a ela nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no:
amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca,
e que esquivando-se do sofrimento,
perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.
Fé é colocar seu sonho à prova!

Carlos Drummond de Andrade

Isso é um caso sério...

Vendo uns orkut's por aí, lembrei dessa tirinha que fazia algum tempo que eu tinha...
Quem dera poder medir amor através de gestos isolados. O amor se mostra no dia a dia.
É você lembrar que o outro gosta de bolinho de fubá e andar com um enroladinho em um papel toalha o dia todo até poder entregar. É ir a qualquer lugar bonito e pensar que o outro poderia ver aquilo junto com você. É rir de longe só de lembrar das trapalhadas de vocês juntos.
É tanta coisa, mas ao mesmo tempo é não esperar nada e sim ser surpreendido. Mas eu vejo gente por aí que troca de namorado tipo umas 5 vezes ao ano, só podem ser carentes demais, e vazias demais, por não conseguirem segurar uma pessoa ao lado, talvez se entreguem fácil.
E no orkut cada dia está uma coisa, se brigam colocam solteiros, se ajeitam namorando, e tiram fotos colocam, uma coisa de louco.
E você fica um, dois talvez três meses com uma pessoa e acredita que conhece ela, Deus do céu, a gente passa uma vida inteira ao lado de uma pessoa e não a conhece, tem pessoas que geram filhos e aquelas criancinhas que nasceram bonitinhas, fofinhas, que a mãe amamenta, ama e cuida mais que tudo, se tornam adultos idiotas, pessoas fúteis, assasinos, vocÊ acredita que aquela criatura você conhecia, e você as vezes chega a pensar que aquilo nem saiu de você, então imagina um estranho, porque namorado é estranho, não é da família, não tem nada com você, ah eu não sei oq se passa na cabeça desse tipo de pessoa, quer dizer eu até sei: NÃO se passa, não tem o que se passar, não é possivel que tenha!

O grande erro das mulheres foi em algum momento da vida acreditar que eram mal tratadas pelos homens e que deveriam fazer a mesma coisa. Passaram a acreditar que todo mundo bate, generalizando a ideia que homem não presta. Passaram a querer um homem que não é só educado mas feminino. Com isso se masculinizaram. E cada um ficou perdido em seu canto. As mulheres passaram a achar que para terem valor devem pisar, dar o troco, e não demonstrarem que amam. Os homens passaram a achar que as mulheres de hoje querem um a cada dia e todas são "cachorras". E...E...E...E ao meu ver todo mundo só quer uma coisa: cuidado. Todo mundo quer ser bem tratado. Quer segurança e carinho. Mas ninguém quer dar o braço a torcer. E cada lado faz o joguinho do " to nem ai" .

"A pior prisão é um coração fechado." [ Papa João Paulo II ]

Um amor assim é difícil...


Um αmσr αssim, tãσ grαnde

Umα vσntαde αssim, tãσ intensα...

Nãσ nαsce dσ nαdα..

Nãσ αpαrece, sem ter pαrα σnde ir

Nem sem sαber de σnde veiσ.

Pαrα existir um amσr desse tαmαnhσ...

Sãσ precisσ duαs pessσαs.

Dσis cσrαções especiαis..

Duαs pessσαs especiαis,

Duαs αlmαs privilegiαdαs que precisαm se αquecer..

Que precisαm umα dα σutrα.

Pαrα existir um αmσr cσmσ este

É precisσ

Humildαde

Aceitαçãσ...

Cαrinhσ..

Vσntαde..

Desejσ.

Um αmσr cσmσ este,

Nãσ existe em lugαr αlgum,

Nem existiu em tempσ αlgum,

E nem existirá...

Pαrα um αmσr ser tãσ grαnde...

Tãσ instensσ...

É precisσ... simplismente..

Eu .. E vσcê..


Eu te αmσ, muuitσ meu preto !

Vinícius de Moraes - Além do amor


Se tu queres que eu não chore mais, diga ao tempo que não passe mais.

Chora o tempo o mesmo pranto meu.

Ele e eu, tanto... Que só para não te entristecer.

Que fazer, canto. Canto para que te lembres quando eu me for.

Deixa-me chorar assim, porque eu te amo.

Dói a vida, tanto em mim. Porque eu te amo.

Beija até o fim as minhas lágrimas de dor. Porque eu te amo, além do amor.                   

quarta-feira, 11 de março de 2009


Hoje estou me sentindo meio cinza.
Sabe o tom do céu de Curitiba no inverno?

Então, assim. Meio como uma tarde gris.


A vida não tá tão boa, mas também não tá lá tão ruim.


Vidinha mais ou menos, sabe?


Dizem que logo passa.
Tomara.
Escrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.

Sôo na dúvida que separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa, leva
para ir do percalço ao espasmo.

Eis a voz, eis o deus, eis a fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala.

(Paulo Leminski)

Metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio...
e as vezes é ele que diz muito mais...

Você sabia...

Foi um sentimento que aos poucos
Tomou conta sem deixar espaço,
Fiquei completamente louco,
Completamente apaixonado

Adicionar imagem
Aos olhos de quem está de fora,
Parece coisa de novela
Dai o sentimento aflora,
Magia que ninguém espera,

Tudo aconteceu no sonho
Ninguém como você sabia
Que dentro do meu peito estava um coração
que amava e por você sorria,

Até que você foi embora
Deixou de vez o meu caminho
E quem sorria agora chora
dessa nossa história vou lembrar sozinho...

(Refrão)
Você sabia
Que mesmo me deixando eu iria
Ficar te esperando todo dia
Fugindo de mim mesmo pra tentar te
esquecer mas muito mais eu lembraria...

Sabia, que mesmo me deixando eu iria
Ficar te esperando todo dia
Fugindo de mim mesmo pra tentar te
esquecer mas muito mais eu lembraria...
sozinho...


sexta-feira, 6 de março de 2009

Composição: Cazuza
bilhetinho azul


Hoje eu acordei com sono e sem vontade de acordar

o meu amor foi embora e só deixou pra mim

um bilhetinho todo azul com seus garranchos

Que dizia assim "Chuchu vou me mandar!"

é eu vou pra Bahia (pra bahia) talvez volte qualquer dia

o certo é que eu tô vivendo eu tô tentando Uuu!!!

Nosso amor, foi um engano

Hoje eu acordei com sono e sem vontade de acordar

como pode alguém ser tão demente, porra louca

inconsequente e ainda amar, ver o amor

como um abraço curto pra não sufocar

ver o amor como um abraço curto pra não sufocar

Promete porra nenhuma!!!!!hahaha


Mais um namoro acabou. E pela enésima vez, escuto a vítima do pé-na-bunda dizer “o que tem de errado comigo?”. Tem muita coisa errada com você, querida, como tem com todos nós! Somos todos defeituosos. Mas o seu pior defeito é justamente querer ser perfeita! Ou achar que tem de ser perfeita pra garantir o amor de alguém


De uma vez por todas: não é pelos defeitos que deixam de gostar da gente. Às vezes é muito pelo contrário. Ou vai dizer que você nunca foi apaixonada por um cafajeste? Ou por um folgado, preguiçoso? Ou por um imaturo machista?


Mas muitas de nós, mulheres, somos vítimas dessa “síndrome da perfeição”, como se pra você ganhar um doce, precisasse ser obediente. E, veja só, mesmo se esforçando tanto pra ser uma boa moça, Papai do Céu castiga! Óh, quanta surpresa!A gente não manda no coração de ninguém, e você vai perder tempo analisando e remoendo as situações pra entender afinal o que foi que aconteceu que de repente o namorado parou de gostar de você. Por acaso você própria entende ou sabe descrever exatamente o motivo porque gosta dele? Nem Freud explica!


O problema é querer agradar tanto, corresponder tanto às expectativas de Deus e todo mundo. Ganham as autênticas, que dão um foda-se pra humanidade inteira e soltam suas feras, chutam o pau da barraca, correm atrás dos desejos e, mesmo que se arrependam, se perdoam. Porque, afinal de contas, fizeram o que estavam com vontade, e não o que o outro queria ou o que mamãe acha bonito. Se for pra pensar em termos de erros e acertos, porque então não pensar “será o que tem de errado com ele pra me jogar fora? Burrrrrrrrrro!”.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Microsoft Surface


Já viram a mais nova Tecnologia da Microsoft? Que é conhecida como Surface. Apresenta uma estrutura feita em plástico onde está presente uma tela de quase 80 cm e é a mais nova plataforma da Microsoft que, de acordo com Bill Gates, tem uma intensão "futurista", pois teclado e mouse são ausentes. Surface foi feito para haver uma interação mais natural com o uso das mãos, voz ou caneta. E resumindo parece ser show de bola, se quiserem me presentear, tá aí aceito! :D

Como já dizia Arnaldo Antunes


Atenção
Essa vida contém cenas explícitas de tédio
Nos intervalos da emoção
Atenção
Quem não gostar que conte outra,
encontre, corra atrás,
enfrente, tente, invente
sua própria versão

Aqui não tem
segunda sessão
Aqui não tem
segunda sessão

Livros




Para colocar minhocas em sua cabeça:


- Crime e Castigo ; Dostoiévski


- Édipo Rei ; Sófocles


- Dom Quixote de La Mancha ; Miguel Cervantes


- A Divina Comédia ; Dante Alighieri







Para te levar a outro mundo:


- O Processo ; Franz Kafka


- As Flores do Mal ; Charles Baudelaire




P.S: Quem quiser tem todos em PDF!
P.S²: san_padilha@hotmail.com

;)

quarta-feira, 4 de março de 2009


Fim de semana assisti um filme, cujo título não me recordo, e que dizia que quando as coisas vão chegando ao fim, passamos a pensar no começo delas.

Já perceberam o quanto de verdade há nisso? Os velhinhos sempre falam da juventude; quando chegamos ao fim do colegial, da faculdade, lembramos dos primeiros anos, primeiras turmas... e acho que os relacionamentos não fogem à regra. Quando estamos numa crise, ou quando chega-se ao fim de fato, lembramos - muitas vezes com saudades - do comecinho...Era verão. As pessoas precisam ter em mente uma única coisa apenas: VERÃO!

Eram dias quentes e noites de baladas. Eram dias chuvosos, tardes enlouquecedoras, noites de boemia. Era verão e ponto. Teria sido sempre verão. Sempre será para mim.



Dos joguinhos pra nos ganharmos, dos recadinhos, dos sms's, dos passeios na praia, das smirnoffs ice, das cervejas, dos capuccinos e pirulitos. Era verão e nos queríamos. Carinhos a toda hora, beijos roubados, cócegas, brincadeiras, idas e vindas no serviço, formaturas, viagens e adoração mútua.Jantares feitos de qualquer jeito, jantares no japonês, piercing, beijos no banheiro da cancha, no aniversário, no ponto de ônibus. Manhas, briguinhas tolas, companheirismo, porres, baladas, fotos. Pingentes, alianças, pequenos presentes.

Um ou outro cão sarnento vagabundeando para atormentar. Cão que ladra, não morde.

Saudades de 3 dias longe, quando São Paulo parecia ser mais de 1.000.000.000 de km de Curitiba, esperas, abraços, beijos e mais brigas. Telefonemas não davam conta de tanto anseio um pelo outro...Passeios a dois, amizades compartilhadas, idéias divididas, apoio mútuo, suporte, ombro, colo e carinho. Churrascos na casa do Hoy, noitadas de narguile na loja, almoços em família, cinemas, pipocas, filmes e mais filmes.

Dormir bem agarradinho, apostas, risadas, gargalhadas, olhares, bagunça, muita bagunça! E quantas estações passaram...




Brigas, escândalos, cenas, desentendimentos, diferenças, distância, silêncio, gargalhada muda, sorrisos amarelados, mundos totalmente diferentes, visões abismais, duas pessoas que nunca se cruzaram. E quantas mudanças de clima, de estação.

Mas para mim todo dia ainda é verão, ao seu lado. E quando fecho meus olhos, ainda vejo você vindo abrir o portão, sorriso bonito, me pergunto se ainda lembrava de você, e eu? ah eu nem fazia a menor idéia de que já tinha sido apresentada a você,e ainda hoje me lembro do início beijos timidos, olhares curiosos, e um carinho enorme, consigo ver você vindo sempre em minha direção que era para um beijo, uma foto ou uma tiração de sarro.

Chuva, sol, folhas caídas, tanto faz. No meu coração e nas minhas lembranças, SEMPRE seremos verão!

Paulo Mendes Campos-


O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

Alemanha - Inicio do século 20

Durante uma conferência com vários universitários, um professor da Universidade de Berlim desafiou seus alunos com esta pergunta:
“Deus criou tudo o que existe?"
Um aluno respondeu com grande certeza:
-Sim, Ele criou!
-Deus criou tudo?Perguntou novamente o professor.
-Sim senhor, respondeu o jovem.

O professor indagou:
-Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?
O jovem ficou calado diante de tal resposta e o professor, feliz, se regozijava de ter provado mais uma vez que a fé era uma perda de tempo.

Outro estudante levantou a mão e disse:-Posso fazer uma pergunta, professor?
-Lógico, foi a resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
-Professor, o frio existe?
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?
Com uma certa imponência rapaz respondeu:
-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é suscetível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.

-E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
O professor respondeu temendo a continuação do estudante: Existe!
O estudante respondeu:-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe.
A escuridão na realidade é a ausência de luz. A luz pode-se estudar, a escuridão não! Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas. A escuridão não! Continuou: -Um simples raio de luz atravessa as trevas e ilumina a superfície onde termina o raio de luz.Como pode saber quão escuro está um espaço determinado? Com base na quantidade de luz presente nesse espaço, não é assim?! Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.

Finalmente, o jovem perguntou ao professor:-Senhor, o mal existe?
Certo de que para esta questão o aluno não teria explicação, professor respondeu:-Claro que sim! Lógico que existe. Como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal!
Com um sorriso no rosto o estudante respondeu:-O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

Por volta dos anos 1900, este jovem foi aplaudido de pé, e o professor apenas balançou a cabeça permanecendo calado…

Imediatamente o diretor dirigiu-se àquele jovem e perguntou qual era seu nome?
E ele respondeu: -ALBERT EINSTEIN, senhor!

Fernando Pessoa


Não sei quantas almas tenho.


Cada momento mudei.


Continuamente me estranho.


Nunca me vi nem acabei.


De tanto ser, só tenho alma.


Quem tem alma não tem calma.


Quem vê é só o que vê,


Quem sente não é quem é,


Atento ao que sou e vejo,


Torno-me eles e não eu.


Cada meu sonho ou desejo


É do que nasce e não meu.


Sou minha própria paisagem;


Assisto à minha passagem,


Diverso, móbil e só,


Não sei sentir-me onde estou.


Por isso, alheio, vou lendo


Como páginas, meu ser.


O que sogue não prevendo,


O que passou a esquecer.


Noto à margem do que li


O que julguei que senti.


Releio e digo : "Fui eu ?"


Deus sabe, porque o escreveu.


Luís Fernando Veríssimo



Dar é dar.

Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.

Mas dar é bom pra cacete.

Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...

Te chama de nomes que eu não escreveria...

Não te vira com delicadeza...

Não sente vergonha de ritmos animais.

Dar é bom.

Melhor do que dar, só dar por dar.


Dar sem querer casar....

Sem querer apresentar pra mãe...

Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.

Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...

Te amolece o gingado...

Te molha o instinto.

Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.

Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.

Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.

Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem esperar ouvir futuro.

Dar é bom, na hora.

Durante um mês.

Para os mais desavisados, talvez anos.


Mas dar é dar demais e ficar vazio.

Dar é não ganhar.

É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.

É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.

É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra daro primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:"Que que cê acha amor?".

É não ter companhia garantida para viajar.

É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.

Dar é não querer dormir encaixadinho...

É não ter alguém para ouvir seus dengos...


Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.

Esse sim é o maior tesão.

Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar

Experimente ser amada...