terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Tempo nublado em Curitáaaa.


Em dias nublados, o olhar das pessoas é mais limpo e mais sombrio. Em dias nublados e frios eu acordo melhor e não tenho alegria forçada. Eu aceito que não enxergo bem sem meus malditos óculos e abraço a minha quase cegueira pra ver tudo claramente. Vocês acham que vocês sabem tudo, mas não sabem de nada.
No dia nublado e frio, eu quero morrer sem funeral. Sem aquelas cerimônias patéticas nas quais os vivos vão se sentir bem olhando meu corpo sendo impedido de realizar seu desejo de se tornar fétido por causa daquelas flores fedorentas que colocam nos caixões.(Mãe ouviu isso né! =] ).

No dia nublado, no dia frio, eu não agüento mais. Na chuva discreta, no céu cinza, eu não agüento mais. Alimento a síndrome do pânico da claridade que teima em atravessar a cortina que eu coloquei e que desperta a raiva de não ser respeitado por não querer mais. O sol. Eu não quero mais sol. Pra que ter calor se tudo isso mata a minha inspiração que eu gosto e eu não agüento mais... essa anulação. Vocês acham que sabem de tudo e simplesmente nunca procuraram saber.

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