segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Martha Medeiros

Mas mesmo com td isso: 'Eu ainda amo vc!'
Pra você se sentir completo
Ter a mão que te leva pro futuro
Vislumbrando horizontes seguros...
É tão bom viajarmos juntos
E viver aproveitando tudo
Amanhã vai ser melhor que hoje
Novos sonhos ao amanhecer...
Imagino milhões de sorrisos
Cada um com seu jeito de ser
Mas ligados ao mesmo destino
Um amor feito eu e você...
O céu e o mar
A lua e a estrela
O branco e o preto
Tudo se completa de algum jeito
Homem, mulher,
A faca e o queijo
O incerto e o perfeito
Tudo se completa de algum jeito...
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Pedro Bial


Amar é, colocar as necessidades do outro acima das nossas próprias necessidades, sem que isso nos diminua. O verdadeiro amor não cabe em almas pequenas. O amor é algo que deve nos enriquecer como seres humanos. O amor sempre traz, nunca leva, nunca toma.
Amar é “apesar de” não ser correspondido, continuar amando, não como um fardo, mas como um complemento de sobrevivência. Apesar de sofrer, porque sofrer amando é mil vezes melhor que sofrer de vazio e de solidão. Apesar de dificuldades, porque essas podem nos motivar a sermos mais fortes e nos ensinar que podemos vencer obstáculos. Apesar de distância, porque quando amamos o coração está sempre perto.
Amar é, quando necessário, se dar o direito dese sentir zangado e magoado, porque se o amor é Divino, é humano também. Mas amar é ser superior a zangas e mágoas. Amar é, colocar o coração em tudo o que fazemos: nos olhos, nas mãos, nas nossas ações. É ver o outro diferente mesmo se ele é igual a todo mundo; é vê-lo especial se ele é diferente. Amar é, se contentar com um pouco de felicidade quando isso é tudo o que podemos ter.
GAIME

Ele fala muito engraçado, igual ao Cebolinha.
Na aula de hoje, contou o porquê: Até os 4 anos de idade nem falava.
Tinha um problema sério de dicção que foi sendo tratado muito aos poucos, família pobre, sabe como é... Por isso, só conseguiu entrar na escola aos 6, depois de muito tratamento, e ainda falando muito mal e debilitadamente.
'Qual o seu nome?', a orientadora da escola nova perguntou.
'G-Gaime', ele respondeu.
'Sr, seu filho é de outro país?', para o pai de Jaime.
Diz ele que saiu correndo, envergonhado.
Uma professora novinha, cara de menina, correu atrás dele e o abraçou.
'Vai ficar tudo bem', ela disse.
'Coloca ele na minha sala, Maria'.
'Vc vai colocá-lo junto com os meninos normais?'
Felizes pelo menino conseguir estudar, tristes por tanta discriminação, voltaram pra casa.
Hoje, o prof. Jaime lembra disso e nos conta essa história sorrindo, porque, como diz ele, 'pra quem não conseguia falar o próprio nome, ser professor e ganhar a vida falando é, hoje, uma grande vitória'.
Só isso já foi uma lição de vida pra mim.
Mas lição maior, de amor, deu o pai dele, diz ele que no leito de morte.
Ele disse assim:
'Se vc não tivesse aprendido a falar, meu filho, eu iria no cartório mudar seu nome pra Gaime.
Vc ia falar, nem que fosse essa única palavra. Eu te amo, filho.'
E puf.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Meu bem você me dá água na boca
Vestindo fantasias, tirando a roupa
Molhada de suor
De tanto a gente se beijar
De tanto imaginar loucuras...
A gente faz amor por telepatia
No chão, no mar, na lua, na melodia
Mania de você de tanto a gente se beijar
de tanto imaginar loucuras
Nada melhor do que não fazer nada
Só pra deitar e rolar com você
Pe Fábio de Melo



pecadinhos

Todo mundo vez ou outra, comete um pecadinho, um mini-pecado.
Vendo aquela blusinha verde, lembrei-me do dia em que a moça me perguntou se me importava se comprasse uma igual, " amei sua blusinha", falou sorrindo.
E eu o que fiz? Fechei a cara, e respondi que se tinha para vender, quem seria eu pra dizer que não?
Ontem pensei na aspereza que usei para responder, desnecessária, afinal, que pretensão foi aquela, que me levou a pensar que só eu poderia usar aquela blusa?
Mini-pecado: uma leve forma de orgulho...
Veja lá se não anda a te rodear uma 'invejinha', preguiça básica, raiva inexplicável...
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.
Por dentro, doze ou menos, e me acho mais bonita.
Por fora, óculos, algumas rugas, gordurinhas, preto nos tintos cabelos.
Por dentro sou dourada, alma imaculada, corpo de modelo.
Por fora, em aluviões, batem paixões contra o peito.
Paixões por versos, pinturas, filosofia e amigos sem despeito.
Por dentro, sei me cuidar, vivo a brincar, meio sem jeito.
Não me derrota a tristeza, não me oprime a saudade, não me demoro padecente.
E é por viver contente que concluo sem demora:
É a menina que vive por dentro, que alegra a mulher de fora"